sábado, 8 de novembro de 2008

O BAILE DAS PALAVRAS


O BAILE DAS PALAVRAS



Bailam as palavras nos lábios do poeta
levadas no trinário balanço
do compasso
duma valsa

no passo largo do tango romântico
em cântico
semântico

no ondular da rumba, armadilha
redondilha
que brilha

no menear do samba à maneira
saracoteia a cadeira
a brasileira

no enlevo da mulata coladera
a palavra
espera

na dança do bugaku do Japão
lavra a lava
do vulcão


na bossa nova da garota de Ipanema
o poeta imagina
um tema

no break moderno, o corpo requebra
a dança, em regra
é negra

no bailado macabro rodopiam
alegres esqueletos
esquisitos

no ritmado do corpo
na música
a musa

na chula, no vira, no corridinho
ou no malhão
a inspiração

buscando, o poeta
arquitecta
um bailado
em que vê as palavras bailar


porque não sabe valsar
tenta rimar ideias
tenta rimar os espaços
nos passos
de cada bailado artístico, ritmado
da galharda ao minuete
d’antigamente


e encontra na moderna dança
Isadora, descalça,
livre, instintiva,
volteando
metafísica viva.


Na mente,
guarda recordações
de danças de vanguarda,
de hoje, de ontem,
sem limitações,
qual Mountain
sem rima
sem métrica
e, mesmo assim
poética


bailam na mente do poeta
as palavras
em hinos
divinos



Notas de rodapé:







Dança de vanguarda = linha expressionista, de surrealismo, existencialismo, indefinível, inexprimível deixando que o corpo descubra livremente a direcção dos seus movimentos com independência da dança em relação a condicionalismo narrativo ou musical.


Universidade de Black Mountain – Poetas experimentalistas pioneiros na utilização de formas abertas rejeitando as limitações da rima e da métrica.








quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ESPLANADA EM ATENAS


POR UM DIA

POR UM DIA



Quero ser eu por um dia
Sem amarras, sem compromissos
Dar largas à fantasia
Seguir somente os impulsos

Dar a mão a quem eu quiser
Seja conhecido ou não
Fazer o que me apetecer
Pondo de lado a razão

Ninguém me diga que faça
O que não quero fazer
E mesmo que quem me abraça
Me abrace, se me apetecer

Dar a mão a quem eu quiser
Seja conhecido ou não
Fazer o que me apetecer
Pondo de lado a razão

Ninguém me diga que faça
O que não quero fazer
E mesmo que quem me abraça
Me abrace, se me apetecer

Nesta liberdade plena
Sem a máscara da sociedade
Sentirei que vale a pena
O sentir da liberdade

Maria Melo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ARTE DE VIVER

Eu às vezes sou artista
Pinto um quadro colorido
Projecto a vida em revista
Esqueço o tempo sofrido

Nesses momentos felizes
Que me trazem bom humor
Pinto os alegres matizes
Com que enfeitei o amor

Refugio-me na evasão
De harmonia colorida
Não passa duma ilusão
Que dá cor à minha vida

Se o momento é de tristeza
Tentem fazer como eu
Olhem à volta beleza
Desde a terra até ao céu
Maria Melo

ATELIER


terça-feira, 4 de novembro de 2008

BANCADA DE TRABALHO NO ATELIER

EXPOSIÇÃO RUI DE MELO - MEM MARTINS

CONVITE

O Atrium Chaby
e o Pintor Rui de Melo
convidam-no a visitar a exposição de:
· Azulejos pintados à mão;
· Pintura a acrílico
· Aguarelas

A abertura com Porto de honra será no dia 7 de Novembro de 2008, pelas 16H00, ficando a exposição patente ao público no Átrio Cultural (Mem Martins) durante o horário habitual do Centro Comercial, até ao dia 17.

EXPOSIÇÃO NO CHABY PINHEIRO - MEM MARTINS


EXPOSIÇÃO NA C. CHABY PINHEIRO


EXPOSIÇÃO



RUI MELO
Nasceu em Luanda, Angola, em 1929. Vem para Portugal e faz o Curso de Artes Plásticas na Escola António Arroio. Atraído pelo desconhecido, trabalha em vários países, como Macau, Alemanha, Inglaterra, Bélgica, França, EUA, Austrália, etc.
No exercício da sua profissão obtém o 32 Prémio Internacional da Criação de Embalagens, bem como vários outros prémios em decoração de montras.
A nível artístico reparte o seu talento por várias áreas das Artes Plásticas, como seja a pintura a óleo, a aguarela, o retrato e a azulejaria.
Tem participado em várias exposições no país, bem como na Alemanha, na Associação Portuguesa em Hamburgo.
Está representado em vários locais de Portugal de que se referem o Museu da Câmara Municipal de Loures, a C.G.D. de Lisboa, Painéis de Boas Vindas, em azulejo, em Colares e na cadeia de restaurantes "Minabela", no Centro Comercial Via Catarina (Porto) com painéis de azulejos de grandes dimensões alusivos a temas variados.



Bom at Luanda, Angola in 1929. Comes to Portugal and graduates in Plastic Arts at António Arroio Schooll Attracted by the unknown, he worked in several countries, like Macau, Germany, England, Belgium, France, U.5.A., Autralia, etc.
Under the exercise of his profession he got the 3rd prize at International Packages Contest and several other prizes over shopwindows decoration.
In the artistic levei he divides his talent for several areas 01 Plastic Arts, like oi! painting, watercolor, portrait and glazed tiling.
He has participated at several exhibitions in Portugal andlalso in Germany at the Portuguese Association in Hamburg.
He is represented in several places of Portugal, from these we point Loures Town Hall Museum, C.G.D. at Lisbon, Welcome Pannels in tiles at Colares and in several "Minabela" restaurants with ti!e panels in big dimensions over different themes.